terça-feira, 14 de agosto de 2012

SOBRE COVARDES E CRIMINOSOS


Denúncias sérias são feitas às claras. Assim agem as pessoas honestas, cientes de que estão cumprindo um dever cívico e também por saberem que denúncias corretas e fundamentadas não lhes acarretam responsabilização civil ou criminal.

Denúncias feitas às escondidas, por outro lado, têm como autores verdadeiros covardes, vermes sociais que se aproveitam da cortina de fumaça do anonimato para injuriar, caluniar e difamar; para perpetrar vinganças e manchar reputações. Assim agem aqueles que, ocultos, se locupletam com as abjetas benesses da impunidade.

Especialmente em períodos pré-eleitorais, apresentam-se verdadeiras hordas de denunciantes anônimos, dispostos exclusivamente a desqualificar candidatos, a qualquer preço, invariavelmente lançando mão de expedientes criminosos. Quando a vítima é pessoa proba, de biografia inatacável, os anônimos agem de forma mais sofisticada, entretecendo fatos verdadeiros, mentiras e conjecturas para construir teses tão falsas quanto danosas. Desta forma conseguem, no mínimo, semear dúvidas. É o que basta, muitas vezes, para prejudicar um candidato. É o que basta ao denunciante anônimo.

Devemos ter sempre em mente que aquele que propala denúncias criminosas torna-se tão criminoso quanto o denunciante anônimo que as produziu.

Mas o que se espera de uma autoridade que recebe uma denúncia anônima? Que a divulgue? Não, é claro. E quando a denúncia anônima beneficia de alguma forma esta autoridade? Espera-se dela ainda mais cautela e responsabilidade, até porque o uso deste tipo de expediente em proveito próprio é percebido – e abominado – por todos. Muitas vezes não é o que acontece.

Para que não vire letra morta a proibição constitucional do anonimato, os pusilânimes que se locupletam e lambuzam com criminosas denúncias anônimas devem ser punidos exemplarmente. Do contrário, prevalecerá o denuncismo, que só tem serventia aos desprovidos de escrúpulos.

Como estamos em ano eleitoral, rechacemos as denúncias anônimas e ainda mais aqueles que delas se valem para, “ingenuamente”, atacar seus oponentes.

E fiquemos atentos: eles sempre deixam rastros...

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